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quinta-feira, abril 15, 2010

Os pecados da Igreja.. Por José Luis Seixas



Depois de ver debatida a seriedade da Igreja a qual pertenco, e todas as convicções em que acredito e respeito (sem desrespeitar qualquer uma das outras) eis que encontro no meu jornal gratuito favorito, exactamente aquilo que precisava ler, e ouvir há tantos e tantos dias... não é que eu sinta que a igreja precisa ou não precisa de ser defendida, Ele próprio disse "Felizes os que forem perseguidos em Meu nome, e por causa de mim...". mas sabe bem ouvir alguém... ou ler alguém dizer de vez em quando que somos meros humanos, mortais e que também pecamos, por isso precisamos ser confessados...
Quem não tiver pecado antes que atire a primeira pedra... e se assim for, se não tem pecados, é porque não precisa ser salvo. Eu preciso... pecados?? Muitíssimos...
E com isto me calo, e deixo-vos com este magnífico texto...
P.S: Se clicarem no título do post, dirigem-se à pagina oficial do jornal Destak e encontram o texto.

Rute



"Primeiro lugar-comum: A Igreja Católica é constituída por homens sujeitos às fragilidades da sua condição é um lugar-comum. Poucos são os ungidos pela Santidade. O Povo de Deus é formado por pecadores que esperam a remição das suas faltas. E tantas são.

Segundo lugar-comum: As denunciadas práticas de pedofilia imputadas a sacerdotes católicos são chocantes e indignam de forma especial os próprios católicos. São ofensas gravíssimas às crianças e a Deus, cometidas por quem as devia proteger e educar.

Terceiro lugar-comum: O ocorrido em instituições da Igreja Católica passou-se em instituições de outras Igrejas, de organizações laicas, do próprio Estado e passa-se, infelizmente, no seio de muitas famílias. Entre nós o infindável “Processo Casa Pia” deixou no ar muitas e muitas interrogações sobre os comportamentos de uns e as omissões de outros. E falamos de tempos recentes. Não remontamos a meio século atrás em que a valoração destes actos era outra e os silêncios acobertavam prevaricadores com relevância pública conhecida.

Quarto lugar-comum: Esta factualidade nada justifica ou branqueia. Ao contrário do mundo secular, a Igreja prostrou-se perante o sacrifício e a dor das vítimas de tais perversões. Pediu desculpa num gesto de profundo sofrimento. Reparou o que pôde reparar. E submeteu à Justiça dos homens os crimes praticados.

O que também é lugar-comum: Tudo isto é indiferente ao fundamentalismo ateísta, alimentado por ódios, recalcamentos e muita irresponsabilidade. Ver beliscada a autoridade moral da Igreja através de comportamentos indignos de alguns sacerdotes é uma prebenda que desfruta com indizível deleite. Ao pé desta campanha, o anticlericalismo jacobino da Carbonária era um jogo de playstation!"

José Luís Seixas

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