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sexta-feira, setembro 24, 2010

A Obesidade Mental... por Andrew Oitke



Muitas das vezes nas conversas com a minha mana Sónia, que é jornalista, me dei conta que criticava demais os jornalistas por achar que faziam da sociedade um conjunto de gente sem moral e sem princípios. Porque pela forma como apresentavam o telejornal, pela forma como expunham determinados casos que nem sequer eram notícia, pela forma como entravam pelas nossas casas sem sequer pedir licença e sem percebermos educam-nos a nós, aos pais, aos filhos, ao cão e ao gato! Todos desde muito pequenos que sabemos que temos muitos direitos e muito poucos deveres. Como?? "Vi na televisão!" diz o meu sobrinho Leonel de 8 anos. E como ele todos os outros e eu tb aprendi muita coisa pela televisão...
E como todos os meus posts têm um mas... o meu mas é este: Obrigado Sónia porque me deste discernimento para perceber que nem todos os jornalistas querem é vender audiências e se o caso for do mais polémico, o que estiver na berra é esse que passa. Obrigado por me fazeres perceber e aceitar que também há jornalistas com princípios e com carácter, prontos e ainda vivos e capazes de fazer do jornalismo uma profissão digna e respeitosa para os colegas e para o publico... Não fosses tu um espécime dos poucos e bons, não saberia dizer se ainda seria possível! Keep it... =)
Cuidem da informação que vos chega, da informação que passa e para os vossos entes mais queridos. Construir mentes saudáveis de pensamento, cultura, educação, humildade e bons modos, ao invés de uma caixa colorida cheia de disparates que só vai fazer deste mundo uma muito mais maior grande m#rd@... (perdoem o exagero e mais qualquer coisa... agora já disse!) Cuidar do corpo e da mente!
Infelizmente esta é só uma parte do problema. Quisera eu que fosse só esse o mal de tudo. Mas cada vez mais o egoísmo, a maldade, o orgulho, o ódio e o sentido de impunidade reina sobre o ser Humano. Não caio no erro de achar que sou melhor que os outros. Nunca! Sei ser a pior do mundo em muitas situações... não falando do meu péssimo feitio, mas também sei reconhecer onde está a justiça, a coerência, a educação e que Deus me livre de algum dia envergonhar a minha mãe face ao que ela me ensinou até hoje!!! Enfim...
Dizia eu que existem muitas outras partes do problema e o melhor texto que li até hoje sobre o assunto é do livro de Andrew Oitke sobre a obesidade mental. Ninguém melhor que ele para abordar umas quantas questões sobre as quais escrevi antes, e que possivelmente continuarei a escrever... Enjoy... longo, mas está muito bom!! =)



O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada.
Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono.
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e
comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e
realizadores de cinema.
Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»
O problema central está na família e na escola.
«Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.
Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma:
«O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de
reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações
humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.»
O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade
fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.
«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que éque ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandela é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes
realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a
cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da
civilização, como tantos apregoam.
É só uma questão de obesidade.
O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.»

sexta-feira, setembro 17, 2010

Filosofia para a velhice... =)



Bom... Eu disse que este email/post seria para ti, e assim é. Na busca incessante das melhores palavras para descrever e responder ao que me querias dizer, ora aqui vai. No entanto, sinto-me na liberdade de partilhar com todos esta filosofia para a velhice, porque cresci junto de muitas das pessoas que irão ler este post, e tenciono envelhecer junto de ti, perto de outras tantas que também irão ler estas sábias palavras de um homem que atingiu os 100 anos...
Aproveitem, espero que gostem...
Particularmente para ti, no geral para todos! Com amor, Rutthe.


"Sabias que a única época da vida em que gostamos de ficar velhos é quando somos crianças? Se tens menos de 10 anos, estás tão entusiasmado em envelhecer que pensas em fracções.


“Quantos anos tens? Tenho quatro e meio!”
Tu nunca terás trinta e seis e meio. Tens quatro e meio, quase cinco! Esta é a chave!

Quando chegas à adolescência, ninguém mais te segura. Saltas para um número próximo, ou mesmo alguns à frente.



‘Quantos anos tens?'
‘Vou fazer 16!'
Podes ter 13, mas… “vou fazer 16”!
E, então, o maior dia da tua vida ...
Completaste 21.
Até as palavras soam como uma cerimónia.
COMPLETASTE 21... YESSSS!

Mas, então, chegas aos 30. Oh,
que aconteceu?
Isso faz-te parecer leite estragado! Fica azedo, temos que o deitar fora. Não tem mais graça, agora é apenas um bolo azedo. O que está errado? O que mudou?

COMPLETAS 21, ATINGES 30, aí estás ‘A EMPURRAR' 40. Putz! Trava, está tudo a derrapar! Antes que te dês conta, CHEGAS aos 50 e os teus sonhos foram-se·

Mas, espera!
FIZESTE 60.
Nem sequer pensaste que conseguirias!

Assim, COMPLETAS 21, ‘TORNAS-TE' 30, 'EMPURRAS' os 40, CHEGAS aos 50 e ALCANÇAS os 60.

Atingiste tal velocidade que bates nos 70!
Depois disso, é um dia após o outro…
Alcançaste Friday, September 17, 2010!

Conseguiste chegar aos 80 e cada dia é um ciclo completo: alcançaste o almoço; passaste as 4:30 ; chegaste à hora de deitar.
E não acaba nos 90, começas então a voltar atrás:
‘Eu tinha exactamente 92 anos...'

Aí, acontece uma coisa estranha. Se passares dos 100, tornas-te criança outra vez. 'Eu tenho 100 e meio. Que todos vós chegueis a uns saudáveis 100 e meio!’




COMO PERMANECER JOVEM???

1. Livra-te de todos os números não-essenciais . Isso inclui idade, peso e altura. Deixa os médicos preocuparem-se com eles. É para isso que lhes pagas.
2. Conserva só os amigos alegres.
Os pessimistas deprimem-te.
3. Continua a aprender.
Aprende mais sobre computadores, arte, jardinagem, seja o que for, até radioamadorismo. Nunca deixes o cérebro inactivo. Trabalha, estuda.'Uma mente inactiva é a oficina do diabo. E o nome de família do diabo é ALZHEIMER.
4. Aprecia as coisas simples.
5. Ri-te sempre,muito e alto
Ri até perder o fôlego .
6. Lágrimas, acontecem. Suporta, queixa-te, mas continua.  As únicas pessoas que estão connosco a vida inteira somos nós mesmos. Mostra estares VIVO enquanto estiveres vivo.
7. Rodeia-te daquilo que amas,
seja família, animais de estimação, colecções, música, plantas, hobbies, seja o que for.  Teu lar é o teu refúgio.
8.Cuida da tua saúde:
se estiver boa, preserva-a. Se estiver instável, melhora-a. Se estiver além do que podes fazer, pede ajuda.
9. Não faças viagens à culpa.
Viaja para o shopping, mesmo para o concelho mais próximo; para um país estrangeiro, mas não para onde a culpa está.
10. Diz às pessoas que as amas, sempre que puderes.

E LEMBRA-TE SEMPRE: A vida não se mede pelo número de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram o fôlego.
"
George Carlin, aos 102 anos.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Chaga... =)


Este post vou começá-lo por agradecer a todos os que têm comparecido a momentos importantes da minha vida, aos concertos, aos jantares, aos cafés, às mini-férias, aos bailes, às danças, às idas à praia... a todos que fizeram este Verão de 2010 dos mais ricos de sempre! Aprendi tanto... Tanto... Tanto... =) Obrigaduh!
(Parece que só porque estou constipada e ontem choveu um pouquinho me estou a despedir do Verão, mas não estou... =) )


Depois de um "Here I stand", um post com um título que acaba por ser sugestivo para quem imaginar o Cristo numa cruz, (e é!) vem "A chaga..."! A chaga que o "Here I Stand" me deixa! Falo de chagas, falo de marcas, falo de cicatrizes, e lembro-me da Brandy Carlile e o The Story com o "...all of this lines across my face, tell you the story of who I am...". Tudo na vida nos deixa uma marca, uma recordação, algo que nos faça lembrar que aconteceu, que já passou, que tudo foi e não há momento algum que volte atrás.
Nunca mais haverá algo igual, nunca mais os momentos se repetem, nunca mais o que sentimos outrora se voltará a repetir com a mesma intensidade. Nem o ódio, nem a alegria, nem o amor, nem a paixão, nem a felicidade, nem a saudade, nem a vontade... nada!
Podemos até tentar recriar momentos, mas uma lágrima nunca cai duas vezes no mesmo sítio, e um sorriso nunca se ouve tão alto como da primeira vez que gargalhamos juntos descontroladamente sem pensar no que iriam pensar de nós...

Vinha hoje para casa, e se tivesse ali caneta e papel o post tinha sido escrito nos 17m entre Entrecampos e o Pragal, pois ouvia Ornatos Violeta e desta vez não me ficou o Vitor Espadinha a dizer que "o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura..." mas ficou claramente cravado nos meus braços o facto das chagas que nos marcam para mostrar que há um fim. Nem tudo é mau... antes pelo contrário, vêm aí mais, o que quer dizer que ainda não estou acabada... e quem pensava que sim, que se desengane, porque apesar da constipação, do nariz a arder de tanto me assoar, sinto-me com forças para enfrentar leões. Venham todos de uma vez, porque "Here I stand!"
Nisto, vem o Manel trautear mais uma vez algo sobre acharmos que o mundo é feito para nós... e até é Manel! Conheço de perto quem o criou para mim, para ti e para todos... mas nós somos muitos, e vamos ter de embater uns nos outros porque há quem não saiba viver com... tal como devia ser suposto, ou não!
Vou viver com... vou viver para...
"Vou viver até quando eu não sei, que me importa o que serei... quero é viver!!"
Vou fazê-lo até não poder mais abrir os olhos, até não poder respirar mais, mas ninguém me tira a vontade de viver...
Não me subestimem... nunca! O dia em que eu achar que não tenho forças, vou ter sempre o meu castelo de amigos a dizer-me: Quem tu?? Quantos são??
Felizmente quando tentares subestimar-me deves lembrar-te que certamente tenho uma chaga que me criei com algo que aprendi de ti, e já sei ser pior que tu... basta querer! =)
Fazer amigos dá trabalho, mas para mim tem sido um prazer interessante mantê-los...
Um obrigado ranhoso... e com o lenço na ponta do nariz!!

Deixo-vos com a "Chaga" dos Ornatos Violeta, cantada pelo Tiago Bettencourt dos Toranja (belo mix certo?? Tb achei!) ... e com minha foto preferida de um dos últimos concertos, porque (por acaso) deixa ver a minha cicatriz da vacina da BCG. Eu sempre odiei vacinas, mas gosto de olhar para as cicatrizes, ou para as chagas e pensar que se até as picadas das vacinas aguentei, já nada me derruba...! Tenho de ir dar sangue! Preciso companhia que também dê... alguém?? LOL



Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim
Diz sem querer poupar meu corpo
Eu já não sei quem te abraçou
Diz que eu não senti teu corpo sobre o meu
Quando eu cair
Eu espero ao menos que olhes para trás
Diz que não te afastas de algo que é também teu
Não vai haver um novo amor
Tão capaz e tão maior
Para mim será melhor assim
Vê como eu quero
E vou tentar
Sem matar o nosso amor
Não achar que o mundo é feito para nós
Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim...