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quinta-feira, setembro 09, 2010

Chaga... =)


Este post vou começá-lo por agradecer a todos os que têm comparecido a momentos importantes da minha vida, aos concertos, aos jantares, aos cafés, às mini-férias, aos bailes, às danças, às idas à praia... a todos que fizeram este Verão de 2010 dos mais ricos de sempre! Aprendi tanto... Tanto... Tanto... =) Obrigaduh!
(Parece que só porque estou constipada e ontem choveu um pouquinho me estou a despedir do Verão, mas não estou... =) )


Depois de um "Here I stand", um post com um título que acaba por ser sugestivo para quem imaginar o Cristo numa cruz, (e é!) vem "A chaga..."! A chaga que o "Here I Stand" me deixa! Falo de chagas, falo de marcas, falo de cicatrizes, e lembro-me da Brandy Carlile e o The Story com o "...all of this lines across my face, tell you the story of who I am...". Tudo na vida nos deixa uma marca, uma recordação, algo que nos faça lembrar que aconteceu, que já passou, que tudo foi e não há momento algum que volte atrás.
Nunca mais haverá algo igual, nunca mais os momentos se repetem, nunca mais o que sentimos outrora se voltará a repetir com a mesma intensidade. Nem o ódio, nem a alegria, nem o amor, nem a paixão, nem a felicidade, nem a saudade, nem a vontade... nada!
Podemos até tentar recriar momentos, mas uma lágrima nunca cai duas vezes no mesmo sítio, e um sorriso nunca se ouve tão alto como da primeira vez que gargalhamos juntos descontroladamente sem pensar no que iriam pensar de nós...

Vinha hoje para casa, e se tivesse ali caneta e papel o post tinha sido escrito nos 17m entre Entrecampos e o Pragal, pois ouvia Ornatos Violeta e desta vez não me ficou o Vitor Espadinha a dizer que "o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura..." mas ficou claramente cravado nos meus braços o facto das chagas que nos marcam para mostrar que há um fim. Nem tudo é mau... antes pelo contrário, vêm aí mais, o que quer dizer que ainda não estou acabada... e quem pensava que sim, que se desengane, porque apesar da constipação, do nariz a arder de tanto me assoar, sinto-me com forças para enfrentar leões. Venham todos de uma vez, porque "Here I stand!"
Nisto, vem o Manel trautear mais uma vez algo sobre acharmos que o mundo é feito para nós... e até é Manel! Conheço de perto quem o criou para mim, para ti e para todos... mas nós somos muitos, e vamos ter de embater uns nos outros porque há quem não saiba viver com... tal como devia ser suposto, ou não!
Vou viver com... vou viver para...
"Vou viver até quando eu não sei, que me importa o que serei... quero é viver!!"
Vou fazê-lo até não poder mais abrir os olhos, até não poder respirar mais, mas ninguém me tira a vontade de viver...
Não me subestimem... nunca! O dia em que eu achar que não tenho forças, vou ter sempre o meu castelo de amigos a dizer-me: Quem tu?? Quantos são??
Felizmente quando tentares subestimar-me deves lembrar-te que certamente tenho uma chaga que me criei com algo que aprendi de ti, e já sei ser pior que tu... basta querer! =)
Fazer amigos dá trabalho, mas para mim tem sido um prazer interessante mantê-los...
Um obrigado ranhoso... e com o lenço na ponta do nariz!!

Deixo-vos com a "Chaga" dos Ornatos Violeta, cantada pelo Tiago Bettencourt dos Toranja (belo mix certo?? Tb achei!) ... e com minha foto preferida de um dos últimos concertos, porque (por acaso) deixa ver a minha cicatriz da vacina da BCG. Eu sempre odiei vacinas, mas gosto de olhar para as cicatrizes, ou para as chagas e pensar que se até as picadas das vacinas aguentei, já nada me derruba...! Tenho de ir dar sangue! Preciso companhia que também dê... alguém?? LOL



Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim
Diz sem querer poupar meu corpo
Eu já não sei quem te abraçou
Diz que eu não senti teu corpo sobre o meu
Quando eu cair
Eu espero ao menos que olhes para trás
Diz que não te afastas de algo que é também teu
Não vai haver um novo amor
Tão capaz e tão maior
Para mim será melhor assim
Vê como eu quero
E vou tentar
Sem matar o nosso amor
Não achar que o mundo é feito para nós
Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim...


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