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quarta-feira, novembro 28, 2012

You get what you give!


O post de hoje vai ter muito poucas palavras... minhas!
Vou contar-vos um conjunto de cinco histórias muito interessantes em que cada uma tem uma lição e curiosamente, cada uma tem uma semelhança muito grande com o momento pelo qual estou a passar nesta minha vida...
Seja pela tentativa frustrada de algumas pessoas que me tentam subestimar, ou por eu mesma me sentir subestimada muitas vezes... seja pela arrogância que vejo em muitos de se considerarem mais sábios e mais importantes que o resto do mundo, quiçá da Etiópia... seja por cair na real consciência de que nenhum problema, mesmo que seja de saude, é tão mau assim... e que o diga o meu médico, e eu agradeço!
A minha irmã Sónia também tem um blog, que vos aconselho a visitar, o estórias dementes (http://estoriasdementes.blogspot.pt) e se ela estivesse aqui talvez dissesse que estas histórias velhinhas merecem ser contadas mais uma vez para poderem ser lembradas...

Espero que gostem ...





No Curso de Medicina, o professor dirige-se ao aluno e pergunta:
- Quantos rins nós temos?
- Quatro! - responde o aluno.
- Quatro? - replica o professor, um arrogante, daqueles que sentem prazer em gozar com os erros dos alunos.
- Tragam um fardo de palha, pois temos um burro na sala. - ordena o professor ao seu auxiliar.
- E para mim um cafezinho! - pediu o aluno.
O professor ficou furioso e expulsou-o da sala. O aluno era Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), o 'Barão de Itararé'. Ao sair, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o irritado mestre:
- O senhor me perguntou quantos rins 'NÓS TEMOS'. 'NÓS' temos quatro: dois meus e dois seus. 'NÓS' é uma expressão usada para o plural.Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.

Moral da História:
A VIDA EXIGE MUITO MAIS COMPREENSÃO DO QUE CONHECIMENTO.
Às vezes as pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento ou acreditarem que o tem, se acham no direito de subestimar os outros...
E haja palha!!!




A ROUPA FAZ A DIFERENÇA?

Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversava descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega e de forma ríspida, pergunta:
- Vocês sabem onde está o médico do hospital?
Com tranquilidade o médico respondeu:
- Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil?
Ríspida, retorquiu:
- Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando pelo médico?
Mantendo-se calmo, contestou:
- Boa tarde, senhora! O médico sou eu, em que posso ajudá-la ?!?!
- Como?!?! O senhor?!?! Com essa roupa?!?!...
- Ah, Senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta....
- Oh! Desculpe doutor! Boa tarde! É que... Vestido assim, o senhor nem parece um médico...
- Veja bem as coisas como são...- disse o médico -... as vestes parecem não dizer muitas coisas, pois quando a vi chegando, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos e depois daria um simpatiquíssimo "boa tarde!"; como se vê, as roupas nem sempre dizem muito...

Moral da História:
UM DOS MAIS BELOS TRAJES DA ALMA É A EDUCAÇÃO.
Sabemos que a roupa faz a diferença mas o que não podemos negar é que Falta de Educação, Arrogância, Falta de Humildade, Pessoas que se julgam donas do mundo e da verdade, Grosseria e outras "qualidades" derrubam qualquer vestimenta.
BASTAM ÀS VEZES APENAS 5 MINUTOS DE CONVERSA PARA QUE O OURO DA VESTIMENTA SE TRANSFORME EM BARRO.




BOA RESPOSTA

Um mecânico está desmontando o cabeçote de uma moto, quando ele vê na oficina um cirurgião cardiologista muito conhecido. Ele está olhando o mecânico trabalhar. Então o mecânico pára e pergunta:
- 'Ei, doutor, posso lhe fazer uma pergunta?'
O cirurgião, um tanto surpreso, concorda e vai até a moto na qual o mecânico está trabalhando. O mecânico se levanta e começa:
- ?Doutor, olhe este motor. Eu abro seu coração, tiro válvulas, conserto-as, ponho-as de volta e fecho novamente, e, quando eu termino, ele volta a trabalhar como se fosse novo. Como é então, que eu ganho tão pouco e o senhor tanto, quando nosso trabalho é praticamente o mesmo??
Então o cirurgião dá um sorriso, se inclina e fala bem baixinho para o mecânico:
- 'Você já tentou fazer como eu faço, com o motor funcionando?'
Conclusão:

?QUANDO A GENTE PENSA QUE SABE TODAS AS RESPOSTAS, VEM A VIDA E MUDA TODAS AS PERGUNTAS.?




MUITA CALMA!
Entra um senhor desesperado na farmácia e grita:
- Rápido, me dê algo para a diarreia! Urgente!
O dono da farmácia, que era novo no negócio, fica muito nervoso e lhe dá o remédio errado: um remédio para nervos. O senhor, com muita pressa, pega o remédio e vai embora.
Horas depois, chega novamente o senhor que estava com diarreia e o farmacêutico lhe diz:
- Mil desculpas senhor. Creio que por engano lhe dei um medicamento para os nervos, ao invés de algum remédio para diarreia. Como o senhor está se sentindo?
O senhor responde:
- Cagado... mas tô tranquilo.

Moral da História:
"POR MAIS DESESPERADORA QUE SEJA A SITUAÇÃO, SE ESTIVER CALMO, AS COISAS SERÃO VISTAS DE OUTRA MANEIRA".




PROBLEMA É SÉRIO
O sujeito vai ao psiquiatra
- Doutor - diz ele - estou com um problema: Toda vez que estou na cama, acho que tem alguém em baixo. Aí eu vou em baixo da cama e acho que tem alguém em cima. Pra baixo, pra cima, pra baixo, pra cima. Estou ficando maluco!
- Deixe-me tratar de você durante dois anos, diz o psiquiatra. Venha três vezes por semana, e eu curo este problema.
- E quanto o senhor cobra? - pergunta o paciente.
- R$ 120,00 por sessão - responde o psiquiatra.
- Bem, eu vou pensar - conclui o sujeito.
Passados seis meses, eles se encontram na rua.
- Por que você não me procurou mais? - Pergunta o psiquiatra.
- A 120 paus a consulta, três vezes por semana, durante dois anos, ia ficar caro demais, ai um sujeito num bar me curou por 10 reais.
- Ah é? Como? Pergunta o psiquiatra.
O sujeito responde:
- Por R$ 10 ,00 ele cortou os pés da cama...

Moral da História:
MUITAS VEZES O PROBLEMA É SÉRIO, MAS A SOLUÇÃO PODE SER MUITO SIMPLES!
HÁ UMA GRANDE DIFERENÇA ENTRE FOCO NO PROBLEMA E FOCO NA SOLUÇÃO."



Há algum tempo o meu querido amigo Ricardo Matos sugeriu-me um filme espectacular, o "Pay It Forward", que apesar de já ter alguns anos ensinaria ao mundo tudo que aquilo que dermos aos outros será aquilo que iremos receber... what goes around, comes around... vi este vídeo que o meu querido amigo Ruben Alves me obrigou a postar no mural do facebook (enquanto eu e mais 399 não o fizermos ele não se deita) e não é que estes dois têm razão? O Ricardo porque insistiu para eu ver o filme, e o Ruben porque faz greve de sono se a malta toda não souber que a lei da reciprocidade deve existir quando se fala de amor... como eu costumo dizer: amor com amor se paga!
Um beijo e um queijo! R!




Momento musical da noite a "Trouble" dos Coldplay, que também é velhinha mas é das mais bonitas de sempre... uma letra... do tipo espectacular... concluindo: genial!
Quem tiver ouvidos oiça:




Trouble - Coldplay

Oh no, I see,
The spider web is tangled up with me
And I lost my head
The thought of all the stupid things I'd said

Oh no, what's this?
The spider web,and I'm caught in the middle
So I turn to run
And thought of all the stupid things I'd done

And I never meant to cause you trouble
I never meant to do you wrong
And ah, well if I ever caused you trouble
Oh, no I never meant to do you harm

Oh no, I see
The spider web,and it's me in the middle
So I twist and turn
But here am I in my little bubble

Singing out
I never meant to cause you trouble,
I never meant to do you wrong,
And ah, well if I ever caused you trouble
Oh, no I never meant to do you harm

They spun a web for me
They spun a web for me
They spun a web for me





quarta-feira, novembro 21, 2012

Deus não é o pai natal!!


Costumo ser dos privilegiados que todos os dias consegue apanhar uma cópia da edição do jornal Destak, "o primeiro diário gratuito de Portugal"... em tempos de crise dá bastante jeito não ter de gastar dinheiro com jornais e revistas, a escrita é bastante interessante, os temas abordados também... e para quem raramente consegue ver o telejornal, é sempre bom manter-mo-nos actualizados!

No jornal de hoje vinha uma entrevista com José Tolentino Mendonça, que além de ser humano é informado e continuamente tem buscado informação pelo mundo todo para poder falar do que sabe. É padre, poeta, escritor e teólogo e diz a directora do Destak que fala de forma pausada com sotaque do Machico na Madeira ... e a entrevista foi deveras interessante que tentei tirar os trechos mais importantes e não consegui... de facto, não gosto de muita coisa que escreve a Isabel Stilwell, mas gosto das perguntas que ela faz... ora vejamos:

"O amor e a amizade têm a mesma raiz?
O nosso coração é só um, e nesse coração habitam sentimentos que têm a mesma raiz de afecto, de relação com o outro e connosco mesmos, mas a expressão desses sentimentos e a sua intensidade é diferente. São primos.

Quis reabilitar a amizade?
Hoje a palavra amor corre o risco de se tornar gasta. Para tudo utilizamos amor, como se não houvesse uma gramática para declinar os sentimentos profundos do nosso coração. Ama-se o chocolate, o pai, a mãe, o marido, a música que está no top. O que neste livro proponho é uma viagem espiritual e cultural, em que se mostra como a amizade tem sido uma constante decisiva na história da humanidade.

Diz que Deus, como um grande amigo, só deseja que sejamos nós próprios. Mas mandaram-nos ser como os santos...
Os modelos são importantes na educação. Quando a mãe dá a papa a uma criança, abre também a boca, num mimetismo. O bem faz bem, e o contacto, a admiração por quem viveu uma vida plena é um estímulo. Outra coisa é hipotecar aquilo que se é, em nome de um ideal. A ideia de perfeição é um equívoco, a formação não é colocar-nos numa forma, mas uma inspiração. É preciso mudar a forma como se vive e transmite o cristianismo.

Vivemos presos da culpa?
Quando escrevi esta Teologia da Amizade foi sobretudo para isso, para dizer que Deus não se intromete, não invade. Dá-nos liberdade, alegra-se com as nossas alegrias, ampara as nossas dores, e é capaz de dizer uma palavra que nos reorienta, mas faz isto com aquela discrição que é típica da amizade. É muito importante pensar a relação com Deus como de amizade.

O problema é que, no fundo, imaginamos Deus à nossa imagem e semelhança. Eu, por exemplo, não concebo um Deus sem sentido de humor...
E Deus tem sentido de humor (risos). Aliás, um dos capítulos é sobre o humor de Deus, porque é impossível falar de amor e amizade sem falar da capacidade de nos rirmos de nós próprios, da alegria profunda e quotidiana das nossas vidas.

Também não é bombeiro.
É muito importante não ficarmos numa lógica providencialista, como se Deus fosse o resolve tudo da nossa vida, o “ai ai” a quem apelamos continuamente. Devemos manter com Ele uma relação criativa, sincera, feita de perguntas. Não podemos reduzir a oração a uma lista de pedidos.

Uma carta ao Pai Natal?
Mas Deus não é o Pai Natal. Temos de relacionar com ele as nossas vidas, não as nossas necessidades.

Para não ficarmos presos «no porque é que permite que alguns sofram e outros não»?

Exactamente, exactamente. A lógica do providencialismo primeiro parece uma grande afirmação de Deus, mas realmente é um nó cego, porque depressa se torna num Deus terrível, aparentemente indiferente ao sofrimento do mundo.

Se as orações não devem ser uma carta ao Pai Natal, devem ser o quê, nomeadamente em momentos difíceis?
Devemos rezar para abrir o coração à vontade de Deus. Rezar para viver bem, em plenitude, todos os momentos da vida, inclusivamente os de contradição, de ferida, de doença, de crise. Rezar para que sejamos capazes de tirar partido desses momentos. A esperança cura, enquanto a desesperança adoece-nos. Kierkegard dizia que a angústia é doença mortal e cada vez mais vemos que é assim. A paz e a serenidade que o caminho espiritual pode oferecer são uma terapia.

Os amigos conhecem-se bem. Mas na prática a maioria de nós tem uma licenciatura nisto ou naquilo, mas apenas a 4.ª classe do catecismo…
Os crentes em Portugal são uma minoria. Hoje em dia são mais os católicos culturais, que interiorizaram os valores do cristianismo, do que os católicos da prática, da pertença. E a Igreja e os cristãos têm o dever da explicação, não podem dar por adquirido que um determinado conhecimento se transmite, que faz parte da gramática cultural, porque não faz, deixou de fazer. Hoje, Portugal é uma terra de missão.

Como é que isto aconteceu?
Julgo que, entre outras coisas, o facto de o cristianismo ter sido a religião social teve e tem o seu preço. Não era uma adesão de coração, era uma tradição. Mas a fome de Deus, de infinito, de sentido, de razões de viver, isso existe no coração das pessoas.

Diz que o cristianismo é a chave da cultura ocidental. Sem essa chave não percebemos o nosso passado?
Sem as chaves cristãs entramos no Museu de Arte Antiga e sentimo-nos como se estivéssemos perante as estátuas na ilha de Páscoa, tudo parece um enigma. Hoje há um debate, um debate laico, em que se pensa se da mesma forma que na escola se ensina a Odisseia e a Ilíada, não se devia ler também a Bíblia. A Bíblia é um código para abrir a cultura ocidental. Não possuir esse código é ficar como um deserdado, expropriado de um património humano e cultural de excelência. Sem perceber uma pintura, sem perceber Gil Vicente, Camões…

Diz que os cristão voltam a sê-lo por decisão pessoal...
Sim, e isso é uma nota de grande esperança, uma nova oportunidade. Quando se faz uma opção há um caminho, um compromisso, que não vem por um automatismo sociológico qualquer.

Fala de Marta e Maria. Sempre garanti à minha mãe que Jesus preferia a que ficava a falar com ele. Diga-me que tenho razão.
(risos) Todos temos um pouco de Marta e de Maria. Não é que o trabalho dos tachos não seja necessário, mas como dizia Ruy Cinatti, “Quem não me deu amor, não me deu nada” . Cada pessoa que nos visita traz consigo uma história, e a melhor dádiva que podemos dar é tempo para que o outro se conte, e se diga. O nosso activismo às vezes é uma barreira na relação. Precisamos de uma pedagogia da audição, de nos escutarmos mais uns aos outros: há demasiada vida calada, vida submersa."


E neste jogo de "pergunta-resposta" constatei que o amor e a amizade nascem do mesmo sítio; entendi que Deus é um grande amigo mas não é o pai-natal, muito menos é bombeiro; aprendi que quem não nos dá amor, não nos deu nada... =) Descobri isto principalmente, porque haveriam muitas outras questões a focar e a descobrir das coisas que este homem disse. Gostei! Fica abaixo o link caso queiram saber mais e ver os pormenores da entrevista e do entrevistado:


Momento musical do post é um tema do novo álbum do John Mayer, em que o Dr.Mayer tenta explicar o que é inexplicável e diz-nos que o amor é só um verbo... e como "quem não me deu amor, não me deu nada" (a frase é de Ruy Cinatti) vamos lá amar todos os que queiram e precisem ser amados, começando por nós próprios... ;) O cover é de Gabe Bondoc, quem acompanha este blog sabe que gosto deste miudo! Gosto das coisas que ele faz e gosto do tom quente daquela voz... gosto! Espero que gostem também... =)



Love Is a Verb - John Mayer

"Love is a verb
It ain't a thing
It's not something you hold
It's not something you scream
When you show me love,
I don't need your words
Yeah, love ain't a thing
Love is a verb
Love ain't a thing
Love is a verb

Love ain't a crutch
It ain't an excuse
No, you can't get through love
On just a pile of I.O.U.s
Love ain't a drug
Despite what you've heard
Yeah, love ain't a thing
Love is a verb
Love ain't a thing
Love is a verb

So you gotta show show show me
(show show show me)
Show show show me
That love is a verb
Yeah, you gotta show show show me
(show show show me)
Show show show me
That Love is a verb

Love ain't a thing
Love is a verb"














terça-feira, novembro 06, 2012

Imaginem...


Imaginem... imaginem que seria fabuloso se tudo aquilo que desejássemos se tornasse realidade... imaginem...
Pois é, eu imagino... porque tenho fé, imagino... porque acredito numa felicidade que foi feita para mim, imagino! E não vou deixar que ninguém mal intencionado, uma doença maldita, um trabalho frustrante ou uma nuvem cinzenta estraguem os planos Daquele que construiu a história da minha... nem a falta de sol, quanto mais um desGoverno de gente idiota (escolhida por todos) para poderem decidir a nossa vida!
Um homem com um currículo jornalístico invejável teve a audácia de imaginar uma série de coisas, de imaginar como seria tudo muito melhor se cada um fizesse a sua parte nesta luta para que a economia do país se restabeleça...
Diz o Mário Crespo e eu concordo... ora imaginem:


"Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados.

Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.

Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.

Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.

Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta.

Imaginem que só eram usados em funções do Estado.

Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.

Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.

Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.

Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha.

Imaginem que o faziam por consciência.

Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.

Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.

Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.

Imaginem remédios dez por cento mais baratos.

Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.

Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.

Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.

Imaginem as pensões que se podiam actualizar.

Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal.

Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.

Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.

Imaginem que país podia ser se o fizéssemos.

Imaginem que país será se não o fizermos..."

Mário Crespo, pivô do Jornal das 9, e apresentador de 60 Minutos, todos eles transmitidos no canal de televisão SIC Notícias.

Momento musical de hoje, o meu Ben com o tema "Lifeline" que fala simplesmente da vida... fala no facto da vida ser tão curta para ficarmos à espera que as coisas mudem por si só... fala do facto de sermos demasiado egoístas para percebermos que entendemos mal tudo aquilo que os outros disseram e fizeram... fala do facto de sermos muito orgulhosos para assumir que errámos com aqueles que sempre nos procuraram e sempre nos quiseram bem... a vida serve para entender e entender e principalmente aceitar! E eu aceito que não possa ser sempre recíproco aquilo que dei... aceito que não possa ser sempre verdade que as amizades duram para sempre... aceito que em alturas difíceis os que outrora juraram estar presente se afastaram cinicamente fazendo de conta que o mundo é enorme demais para nos voltarmos a encontrar... mas não é... e easy come, easy go... até que a bola dê a volta, eu vou-me sentar e esperar para ver! =)


Dizem os brasileiros que é melhor levar uma surra de sinceridade do que um abraço da falsidade, e eu concordo... tenho pena que nem toda a gente pense da mesma maneira... eu não consigo ser diferente... lamento...

Convosco, Sir Ben Harper:




"Life is much too short to sit and wonder
Who's gonna make the next move
and will slowly pull you under
when you've always got something to prove?

I don't want to wait a lifetime
Yours or mine, yours or mine
Can't you see me reaching for the lifeline?

You say that I misheard you but I think you misspoke
I hear you laugh so loudly while I patiently await the joke

I don't want to wait a lifetime
Yours or mine, yours or mine
Can't you see me reaching for the lifeline?
The lifeline, the lifeline

It's a crime with only victims
We're all laid out in a row
It's hardest to listen to what we already should know

I could hold out for a lifetime
Yours or mine, yours or mine
Can't you see me reaching for your lifeline?
The lifeline, your lifeline, the lifeline"