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sexta-feira, outubro 28, 2011

Liberdade? Condições básicas de vida? E se te dessem a escolher uma das duas??



Quem é que já viu o "Sicko"?
Há uns anos por acaso, vi este documentário dirigido por Michael Moore e ainda hoje não sei a resposta à pergunta no título deste post...
Diz o wikipédia sobre este homem que é um cineasta, documentalista e escritor americano conhecido pela sua postura crítica em relação às grandes corporações, à violência armada, à invasão do Iraque e à hipocrisia dos políticos, sendo particularmente crítico em relação a George W. Bush.
Em 2007 decidiu lançar-se em mais uma das suas aventuras revolucionárias e revelou pormenores interessantes sobre o sistema de saúde norte americano, comparando-o com o sistema de países como o Canadá, Reino Unido, França e Cuba! E foi este último que me deixou mais impressionada! Ou seja, os EUA, um país como o nosso, onde muito pouco é proibido, mas sem condições básicas de vida para a maioria da população e onde olhando por um lado do tubo, existe uma falha grande nos direitos humanos... se espreitarmos pelo outro lado do tubo, temos Cuba, um país onde a liberdade não existe mas onde o sistema de saúde funciona e é gratuito!



O ideal, seria ter um pouco de ambos... seria conseguir reunir tudo num só sistema, mas pelo que vejo ainda há muitas barreiras, muitos debates políticos e muita burocracia para que isso fosse possível! Ainda está para nascer o iluminado que dará a volta a isto tudo... sem lamentações e muito menos com falsos moralismos, continuo sem saber responder à questão: ter condições básicas para saber que vou crescer saudável, ter direito a uma educação até um grau universitário, vou ter uma casa, um emprego, e vou ter a garantia de que as mesmas condições serão oferecidas aos meus filhos pagando por isso o preço da minha liberdade (se eu fosse cubana, a minha colecção de vestidos seria propriedade do estado) ou trabalhar uma vida inteira até aos 65 anos em que talvez me possa dar ao luxo de me reformar, saber que posso não ter reforma, criar filhos com o suor do nosso rosto, pagar uma faculdade, trabalhar para a pagar, descontar para tudo o que o estado nos queira impingir, viver para amealhar para que não falte quando for preciso, ter de recorrer a tratamentos médicos no estrangeiro porque o nosso sistema de saúde tem filas de espera em que a estimativa é: ser atendido 3 anos depois de morrer, ou seja, ter noção de que burocraticamente temos direito a tudo, (e viva o 25 de Abril!), mas que nada nos é permitido porque "agora não pode ser...", mas crescemos sem imposições, temos a liberdade de viajar para onde queremos, levar os vestidos todos que realmente nos pertencem, andar de bicicleta e brincar na rua até à meia noite, sair a qualquer hora para beber um copo com os amigos, enfim... não sei!


Mais um ditador abatido, desta vez Muammar al-Gaddafi, ex-Chefe de Estado da Líbia, que foi morto no passado dia 20 de Outubro. E ontem, chegou-me um email associado a este homem e ao que fez por aquele país e que mais uma vez me deixou a pensar na mesma questão do título deste post... alguém quer ajudar a responder à questão??
Deixo-vos com o texto que tive de traduzir porque estava em inglês.
É de Jonathan Njolwa e faz pensar sobre...


"Este é o homem que vocês mataram, esperem até terem um outro presidente e vão desejar que Gaddafi ainda estivesse no poder.
Se iste é realmente verdade, há algo de especial em Muammar Gaddafi:
Agora vamos começar com os factos desconhecidos sobre o ditador líbio Muammar Gaddafi:
1. Não há nenhuma factura de electricidade na Líbia; energia elétrica é gratuita para todos os seus cidadãos.
2. Não há juros sobre empréstimos, os bancos na Líbia são estatais e empréstimos concedidos a todos os seus cidadãos a 0% de juros por lei.
3. Início considerado um direito humano na Líbia - Kadafi prometeu que seus pais não teriam uma casa até que todos na Líbia tivessem uma casa. O seu próprio pai morreu quando ele, sua esposa e sua mãe ainda estavam vivendo numa tenda.
4. Todos os recém-casados ​​na Líbia recebem 60 mil dinares (50 mil doláres americanos) pelo governo para comprar o seu primeiro apartamento de modo a ajudar a iniciar a família.
5. Tratamentos de educação e saúde são gratuitos na Líbia. Antes de Gaddafi apenas 25% dos líbios eram alfabetizadas. Hoje o número é 83%.
6. Se os líbios quisessem enveredar pela agricultura como carreira, eles receberiam terras agrícolas, uma casa agrícola, equipamentos, sementes e animais para o arranque de suas fazendas - tudo de graça.
7. Se os líbios não conseguissem encontrar as facilidades de educação ou médicos de que necessitavam na Líbia, o governo financiá-los-ia a ir para o estrangeiro - de forma completamente gratuita, auferindo ainda um subsídio mensal de 2300 dólares, mais direito a alojamento e transporte.
8. Na Líbia, quando um líbio compra um carro, o governo subsidiava 50% do preço.
9. O preço da gasolina na Líbia é de 0,14$ por litro.
10. A Líbia não tem dívida externa e a sua quantidade de reservas equivale a 150 bilhões - agora congelado globalmente.
11. Se um líbio é incapaz de obter emprego depois da formatura, o Estado pagaria o salário médio da profissão, como se ele ou ela estivesse empregada, isto até arranjar emprego.
12. Uma parte da venda de petróleo da Líbia é, creditados diretamente nas contas bancárias de todos os cidadãos líbios.
13. A mãe que deu à luz uma criança líbia recebia 5000 dólares.
14. 40 pães na Líbia custam 0,15 doláres.
15. 25% dos líbios têm um diploma universitário.
16. Gaddafi realizou o projeto de irrigação maior do mundo, conhecido como o "The Great Man-Made River Project", para fazer a água estar facilmente disponível em todo o país deserto."


Por: Jonathan Njolwa


E agora?? Já me sabem responder à questão? Eu continuo se saber o que escolher... é verdade que mais vale morrer de pé do que viver de joelhos, mas já nem sei em que caso é que estaria a viver de joelhos...
Uma beijola na tola! ;)

Momento musical: Selah Sue, com This World... Gosto, mais uma coisa que conheço há pouco tempo! Obrigado Daniel Courinha!
;)
Os lyrics ajustam-se ao post!




This World, Selah Sue

"I fear real danger
This world aint't simple
But I'm strong, I know how to get out
And I'll find my way 'cause
'Cause it's love, real simple
And that's how it works
So won't you just give it up 'cause you don't understand
And it's really nice, but you don't understand
So big it up, 'cause you don't understand baby
I feel it's fallen down, I know I'll catch it
You crazy world, crazy world, yeah. I feel real passionnate
You feel the sun comes down. I'll make it shine, yeah
You crazy world, crazy world yeah.
I can see your fear 'cause
This world ain't simple
But I'm strong, I know how to stay out
And I'll find my way 'cause
'Cause it's love, it's love, it's love, it's love, it's loving yeah.
Oh, oh, oh.
So won't you just give it up
'cause you don't understand
And it's really nice, but you don't understand
So big it up, 'cause you don't understand baby
I feel it's fallin' down, I know I'll catch it
You crazy world, crazy world, yeah. I feel real passionnate
You feel the sun comes down. I'll make it shine, yeah
You crazy world, crazy world yeah."

segunda-feira, outubro 17, 2011

Medo...!


Nunca fui uma míuda medrosa... mas sempre tive medo de algumas coisas...
Apesar de tudo, sempre achei que era corajosa o suficiente para lutar contra as contrariedades da vida e tudo o que ela traz, com o qual não sabemos lidar...

Sei que durante o percurso da minha vida fui alterando os medos, fui mudando a forma de pensar, enfrentando determinadas coisas e troquei uns medos pelos outros..
O que quero dizer é que se com seis anos tinha medo do escuro, vinte anos depois tenho medo de perder a cabeça e de não ter as pessoas certas por perto nos momentos certos.

Sim... tenho tido a certeza, ora com os erros dos outros, ora com os meus próprios erros, que muitas das nossas escolhas e opções são influenciadas e sugeridas pelas pessoas que nos estão mais próximas, aquelas que fazem parte do nosso quotidiano, com quem partilhamos o mais profundo que temos que é a nossa intimidade, a nossa vida pessoal. Não quero com isto responsabilizar apenas os outros pelas nossas atitudes... não! Isto é para o bem e para o mal: "no man is as island!" O que quer dizer que ninguém sobrevive sozinho e que vamos ter sempre o apoio, a ajuda e o consentimento dos que nos acompanham pelo caminho.
E depois, claro... há medos que sempre existiram e que permanecem: as cobras, o mar bravo, etc, etc... ainda hoje o pavor e o terror às cobras é tão grande que continuo sem conseguir ver os programas da National Geographic em que elas aparecem, mesmo sabendo que a barreira tv-vida real não vai ser ultrapassada... enfim, eu nunca disse que tinha sanidade!

Mas não é este medo que me preocupa... o que me preocupa é o medo que vejo em algumas pessoas à minha volta: o medo de viver! Parece que esta sociedade tem medo de gritar e de saltar barreiras, tem medo de cair e de se levantar, tem medo de arriscar, tem medo de tentar, tem medo de conseguir ser feliz! Então anda sempre a tentar encontrar a forma de evitar o sofrimento, sem perceber que não está a aproveitar a abertura com as dimensões ideais para atingir o não-sofrimento! E perdemos tudo, e vivemos num constante sofrer e doer...
Infelizmente vejo tanta gente desanimada com a vida, com o país, com os jovens, com os velhos, com a política, que dou graças a Deus ainda não ter sido atacada por esta epidemia do medo de viver... não quero ser mais uma das pessoas que em vez de viver, sobrevive! Não! Quero viver e vou viver porque sei que tenho à minha espera uma história de felicidade feita à minha medida! E quem já provou o amor e a presença de Deus na sua vida não pode duvidar disto! Que Ele me continue a dar forças e discernimento... sem medos, quem quiser venha comigo - rumo à felicidade!
Serve este post para encorajar todos os que sofrem diariamente com o medo permanente dos momentos de angústia que os nossos governantes anunciam! Avançar um dia de cada vez sem medo, quem quiser venha comigo - "perder com classe e vencer com ousadia"!

Deixo-vos com um texto que me foi enviado por email há algum tempo, do Pe.Hugo Oliveira, e que serve mais uma vez para nos incitar a atravessar a tempestade com sorriso nos lábios, positivismo em cada passo e com a certeza que no fim, o sol brilha para todos de igual forma! E para terminar, um dos meus fados preferidos, de Amália: Medo!


‎"Expose yourself to your deepest fear; after that, fear has no power, and the fear of freedom shrinks and vanishes. You are free..." Jim Morrison


«NÃO TENHAIS MEDO!»
"Um dos problemas da nossa geração é o medo. Tudo nos ameaça, desde a crise do petróleo ao buraco de ozono, do desemprego ao fumo «passivo», do terrorismo à escassez dos cereais... A impressão de instabilidade em todos os aspectos da vida corresponde, sem dúvida, a uma efectiva situação de turbulência geral, própria da viragem civilizacional de grande espectro e muito difícil previsão que nos é dado viver.
Mas, se o medo nos atinge a todos, aflige especialmente a gente nova, ansiosa por abrir caminho neste mundo perigoso. Se tarda o primeiro emprego, alcançá-lo não o sossega, nem o segundo, nem os seguintes, ainda que melhores: a mais segura empresa pode falir, ser absorvida, mudar de gestão... Aliás, doze anos de vida já a torna obsoleta, se não se renovar. Não vale a pena sonhar com um mundo diferente nas próximas décadas. A única solução é... não ter medo.

O apelo de João Paulo II no início do seu pontificado - «Não tenhais medo!» - não é importante apenas no domínio espiritual; é decisivo em qualquer aventura, como a de hoje para todos os homens, e em particular para os jovens.

S. Josemaria fazia notar, um dia, que nos dez primeiros anos de actividade profissional os êxitos e os fracassos têm pouco significado. Realmente, às vezes há sorte; outras vezes «azar». Mas se um homem trabalha conscienciosamente, dando o melhor de si, ao fim desse tempo pode crer que venceu. Ganhou o merecido prestígio de profissional honesto e responsável; tornou-se um homem de confiança. Ainda que tenha de mudar de ofício, será um trabalhador competente. E não lhe faltarão oportunidades.

O próprio facto de não ter medo, de enfrentar com fortaleza – com audácia e paciência, com optimismo – as mais diversas circunstâncias da vida, sabendo «subir e descer» quando é preciso, sem desanimar, faz dele um colaborador mais precioso do que uma «sumidade» em constante «stress» de insatisfação e carreirismo."


Pe. Hugo de Azevedo



MEDO

Quem dorme à noite comigo
É meu segredo,
Mas se insistirem, lhes digo,
O medo mora comigo,
Mas só o medo, mas só o medo.

E cedo porque me embala
Num vai-vem de solidão,
É com silêncio que fala,
Com voz de móvel que estala
E nos perturba a razão.

Gritar quem pode salvar-me
Do que está dentro de mim
Gostava até de matar-me,
Mas eu sei que ele há-de esperar-me
Ao pé da ponte do fim.