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segunda-feira, março 29, 2010

I'm ready... =)


Gostava de vos apresentar alguém que há uns tempos me foi apresentado da forma peculiar e interessante, como tantos outros... mas... esta ficou...
India Arie... canta e toca com uma precisão que vai directamente ao coração...
Gostava de vos falar de um tema que já tinha ouvido na banda sonora de uma série qualquer, e que desde logo me despertou o interesse: I'm ready for love fala-nos de estarmos preparados para amar e ser amados, em todo o seu explendor, em tudo o que isso possa implicar...
Não sei se a India se referia a todas as relações humanas, ou apenas a alguma relação mais próxima mais íntima com o "beloved one"... a mim Rute, toca-me pelo simples facto de olhar para ela e saber que estou preparada para todas as relações humanas que existem e coexistem, e as que posso vir a deixar entrar na minha vida...

"I am ready for love
All of the joy and the pain
And all the time that it takes
Just to stay in your good grace
"

Penso... eu penso... que se tomarmos a responsabilidade de assumir determinado amor, determinada amizade, determinada proximidade com alguém, temos de estar realmente preparados para tudo: A alegria e o amor.. a dor e o sofrimento...
Nenhuma relação humana é feita só de sofrimentos, porque senão seria uma relação à qual nunca nos tinhamos aproximado... e nenhuma relação é feita só de alegrias e coisas boas, porque somos humanos e quanto mais não seja, o mau feitio que existe dentro de cada um de nós vem ao de cima... mais cedo ou mais tarde...
Há quem me diga ultimamente que talvez ande a ser demasiado cobarde... porque não me apetece aturar a parte do: dor, sofrimento... bla bla bla... yada yada yada... com os outros, nem com ninguém...
Pode ser fase, mas não me apetece aturar quem não quero...
Não me apetece estar com quem não quero...
Não me apetece aturar quem me faz mal e me traz sofrimento...
Então tenho feito as minhas escolhas, as minhas opções... e daí andar a ser perseguida pela força de intervenção porque me tornei demasiado radical...
Não me tornei radical... simplesmente estou a proteger-me de situações que sabia que iriam surgir, e infelizmente em nenhuma ainda estive errada...
Pode ser cobardia radical... pode ser algo que ninguém me conseguiu ainda definir e com a qual eu concorde, mas o que sei é que estou a encontrar um meio termo... o termo certo para mim, que me fará sentir bem a mim... Está na altura de começar a olhar para mim mais vezes... ou não posso??
De uma coisa podem todos ter a certeza, é que todas as relações que construo, em todas elas sei que sou responsável por elas existirem ainda... sei que sou responsável pela dor, pelo sofrimento, pelas alegrias e pelas tristezas... também...
Também, porque cada relação tem duas partes... a minha e a tua... =)
No trabalho então... mais complicado é gerir este tipo de relações... e aí, entra também o bom senso... entra um sexto sentido que não me engana nunca...
Sinceramente, tenho faro para isto... =)
Vem aí a Páscoa... e ainda na Quaresma, ontem perdi mais uma pessoa na minha vida...
Alguém que era mãe, que era amiga... e neste momento tenho de fortificar relações com os vivos que ficaram de forma a que ninguém se perca...
É sempre difícil, mesmo quando sabemos que é inevitável...
E eu, ainda tenho esta dificuldade humana de lidar com a morte alheia...
Haja força e haja coragem... Haja Deus...



terça-feira, março 16, 2010

Made In Portugal



Made in PortugaL

O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.

Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).

Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).

Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.


Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.


Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.


Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...


Talvez este email devesse ser enviado aos consumidores portugueses ou seja, todos nós!

O Ministério da Economia de Espanha estima que se cada espanhol consumir 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima, cria postos de trabalho.

Sem comentários... Rute*

terça-feira, março 09, 2010

Um dia eu também cheguei a casa a chorar...


Chegada de mais uma noite de madrugadas na vodafone, sinto-me quebrada, mas não consigo ir dormir antes de escrever... Algo me assalta desde que pus os pés em frente ao Atrium Saldanha e agradeci com um sorriso à menina que destribuia o jornal gratuito Metro.
Quem não se lembra do colega que era a chacota da turma quando éramos mais pequenos? Quem foi a chacota da turma? Quem chacoteava os colegas da turma?
Um dia eu cheguei a casa a chorar!
Tinha feito 10 anos nesse Verão, tinha mudado de casa, era nova no sítio, nova na escola e todos os meus colegas da primária tinham ido para outra escola e eu estava sozinha... Havia um menino lá na escola, cujo nome já nem me lembro que gostava de mim, e por algum motivo se decidiu a perseguir-me. Como eu não cedia aos seus encantos, do amor passou a ódio e ele e o primo decidiram perseguir-me por tudo quanto era sítio. Normalmente não me importava, brincava com as minhas colegas pelo recreio e não lhes dava grande importância. Azar dos azares, o primo que era Tiago, morava ali perto de mim, e num dia depois das aulas decidiu esperar por mim e armar o número da chacota da semana e perseguiu-me, empurrou-me, e ameaçava que me batia se eu não gostasse do primo. Fui a correr para casa e pela primeira vez entrei em casa a chorar. Quis Deus que eu tivesse a graça de ter uma irmã Bela que ferve em pouca água... sempre defensora daquilo que é seu, capaz de dar a vida por isso se tiver de ser, saiu de casa pronta para tirar satisfações com o Tiago que me andava a incomodar (nem ela sabia porquê, claro que nem sequer contei porque era super tímida... - depois de ler isto ela vai saber... hehehehe)
Uma visão fantástica de ver o meu agressor a um metro do chão, preso pelos colarinhos e com a minha irmã Bela a gritar lhe algo como: "Se tocas outra vez na minha irmã..."
Foi dito e certo. O Tiago nunca mais me incomodou, hoje em dia é segurança na estação do Pragal, e quando passo por ele dá-me vontade de sorrir de gozo pela imagem que ainda tenho na cabeça... Estou a ser cruel?? Talvez, mas eu nunca mais cheguei a casa a chorar. Protegida também depois pelos primos que tinha na escola (adorados e respeitados por todos) e claro, eu tinha sempre as piores turmas da escola. Era a delegada de turma e como até os defendia dos disparates que faziam nas reuniões, acabavam por gostar de mim também. Tive sorte, cresci adorada, cresci protegida, e passei a defender os que eram humilhados porque nunca me esqueci do dia em que cheguei a casa a chorar. Também fiz dos meus disparates, é claro, mas não gostava de ver humilhações e cobardias em praça pública (ou melhor, em recreio público) sem que me fosse meter pelo meio a tentar separar as guerras instaladas por rapazes/raparigas, por dinheiro, por inveja, ou simplesmente porque apeteceu a alguém.
Não tive o azar do menino de 12 anos tanto falado nas notícias. Tive alguém que me defendeu no dia em que cheguei a casa na primeira vez a chorar, e tive tempo de crescer, tornar-me forte e defender os outros. Tive sorte... fui levada ao colo por uma graça que este menino não teve.
Lembro-me da história da passadeira em frente à escola de Vale-Figueira, que já estava sumida pelo tempo e que só foi pintada quando duas crianças morreram atropeladas... é triste e não é um problema daqui, nem de Portugal, nem da Europa... é um problema do mundo. Porque em todo o lado só se faz algo, depois do pior acontecer. Aí sim há uma verdadeira chamada de atenção para o que se está a passar.

Infelizmente, é preciso haver mártires para que estas situações se falem, para que alguém desperte de uma ilusão de que só acontece aos outros ou então, de que só acontece porque estão a brincar. Mas este menino fartou-se da brincadeira, e não tinha uma Bela que agarrasse estes agressores pelo colarinho e os intimidasse. Agressores estes, que pelo relato do irmão e primo têm 17 anos... diga-se 17 ANOS! São jovens conscientes do mal que fazem. Em menos de um ano têm direito a voto e carta de condução e decidem o futuro de um país que é meu e que é teu! De uma vida que é minha e tua e dos teus filhos e dos meus sobrinhos e do teu irmão... e ...
Crise de valores na família, falava-se ontem... talvez! Mas o que fazer? Devolver na mesma moeda? Colocando-os em casas de correcção onde aprendem mais uns truques e saem de lá uns artistas na arte do crime? Talvez não... talvez sim... não sei... não me cabe a mim decidir, nem vou opinar sobre isso, mas tenho a dizer, que desejo a todas as crianças irmãs como as que tive, não só a Bela mas também a Sónia, que sempre me defenderam e talvez tenham evitado o pior...
Quem dera poder emprestá-las a cada um... Quem dera que nunca mais por este motivo, algum miudo tivesse de chorar...
Vou dormir... logo à noite há mais vodafone pra mim!
Beijo, Rute

segunda-feira, março 01, 2010

Carjacking em África...

Segundo a sábia Paula Morgado, isto é coisa de babuínos... eu concordo... até acho que foi com eles que os homens aprenderam!






Cuidado pelas estradas exóticas de África... =)
Hehehehe... um bom início de semana (Eu, que sou prima muito próxima do gato mais giro do mundo, o Garfield claro, com a célebre frase: "I hate mondays!", esta segunda-feira correu bem demais... já agora, a mãe hoje fez anos... e hoje foi dia de a ouvir cantar... e cantou e cantou... e cantou! Só por isso, esta segunda-feira valeu muito a pena! Parabéns à mãe... o pai faz anos só no sábado... mas sábado temos festa!