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terça-feira, setembro 27, 2011

Casamento - O encaixe na imperfeição...!



Começo este post por informar as pessoas que:
Não, eu não estou de 10 meses e muito menos estou com desejos de gelatina de cereja! Nunca provei, nem sequer sabia que existia, e passo o ano todo com desejos de baba de camelo, e não é por isso que estou grávida...tudo não passou de mais uma brincadeira na maior rede social do mundo: o facebook... mais um ano para não deixar passar em branco a luta que muitas mulheres travam contra o cancro da mama, fez-se mais uma brincadeira entre mulheres (como sempre), desta vez que levava os rapazes todos a pensar que as mulheres andavam todas grávidas, enfim... foi giro!
Gerou uma grande confusão em alguns, mas fiquei feliz ao perceber que muita gente partilharia essa felicidade comigo! Obrigada mais uma vez... =) Hehehehe...



Toda a gente sabe! Sim, todos os que me conhecem sabem que eu quero casar e ter uma carrada de filhos (10 filhos, como ando sempre a apregoar...)!
Por isso estejam descansados que a seu tempo hei de estar muitas vezes grávida, se Deus quiser, e hei de vos levar os putos lá pra casa nas noites em que os SOUNK tiverem concertos... boa!? Boa! That's what friends are for...

O casamento é algo interessante e curioso... testemunho há anos a vivência numa cultura de respeito pelo outro, na tolerância, tudo porque há amor! Tudo porque são pessoas que aprenderam a ceder e a aceitar as perfeições e imperfeições do outro como que das suas se tratassem...

É bom olhar para os exemplos que temos mais próximos!
Este ano contabilizo 3 casamentos, e o 4º será este sábado... a minha Sara vai casar!
E depois, do clube dos antigos: São 29 anos de casamento da minha Aldina e do meu Teófilo que me fazem olhar para o casamento e achar que resulta... numa altura em que a sociedade nos quer fazer acreditar que o casamento é um negócio, que é um desperdício, que não serve e que pode ser construído e destruído à minima chatice, eu tenho a graça de olhar para os meus pais e ver duas pessoas imperfeitas que se mantêm juntas por tantos anos! Resulta! Funciona que eu sei!
É preciso é ter sorte e ser muito abençoado para descobrir a outra pessoa que vai encaixar nas nossas imperfeições...

Perguntaram a crianças algumas coisas sobre o casamento. Nestas coisas elas não mentem, como todos sabemos... e as respostas são curiosas de analisar, partindo do princípio que elas aprenderam que essa é a resposta certa com algum exemplo que possam ter visto nos pais, ou em alguém próximo... ora vejamos algumas:

Como decidir com quem casar??

"É necessário procurar alguém que gosta das mesmas coisas que tu. Se gostas de ver futebol, também ela deve gostar de tu gostares de futebol e assim traz-te batatas fritas e cerveja."
Alfredo, 10 anos (que razão tens)

" Ninguém decide por si só com quem casar-se. Deus decide-se por ti, muito tempo antes, e tu tens de entender."
Cristina, 10 anos (em parte, tens razão)

Qual a idade certa para casar??
" A melhor idade é os 23, porque assim conheces o teu marido há pelo menos 10 anos."
Camila, 10 anos

" Não existe “a melhor idade“ para se casar. Tem de ser verdadeiramente estúpido para querer casar-se."
Fernando, 6  anos (de certeza que já teve más experiências...)

Que têm os teus pais em comum??
"Que não querem ter mais filhos."
Ana, 8 anos

Que fazem as pessoas num encontro??
"Os encontros são para se divertirem, e as pessoas deveriam aproveitar a ocasião para se conhecerem melhor. Até os meninos têm coisas interessantes para dizer se os ouvirmos o suficiente."
Luisa, 8 anos (Onde foi buscar esta? Da mãe, com certeza!)

" No primeiro encontro, contam-se mentiras interessantes, para assim conseguir um segundo encontro."
Martín, 10 anos. (sem comentários)

Que farias se fracassasses no teu primeiro encontro??
"Iria para casa e faria como se estivesse morto. Então, telefonaria para os jornais e mandaria publicar o meu obituário."
Carlos, 9 anos (eu tambem faria isso)

Quando se pode dar o primeiro beijo??
"Quando o homem é rico."
Pamela,  7 anos (loira?)

" Quando beijas uma mulher, tens que te casar e ter filhos com ela. É assim a vida."
Enrique, 8 anos (lamentavelmente é assim, Enrique)

É preferível estar casado ou estar solteiro??
"Para as meninas é melhor ficarem solteiras. Mas os meninos necessitam de alguém que limpe..."
Anita, 9 anos (a melhor frase de todas!)

O que temos de fazer para que o casamento resulte??
"Temos que dizer à mulher que ela é linda, mesmo que pareça um camião."
Ricardo, 10 anos (O número 1, indiscutível)

Esta última é genial...!
Deixo-vos com uma banda que me foi apresentada este fim de semana: São galegos, tocam um folk muito moderno, e muito boa de se ouvir a qualquer altura ou momento do dia... O vocalista é Guadi Galego, e chamam-se Berrogüeto! Estiveram em Portugal em Julho passado no Festival de Músicas do Mundo (Sines) e com pena minha, não sei quando voltam... espero que seja em breve! Obrigada Marco pela partilha! ;)

Linda e com uma letra mais doce e bonita ainda... pessoas da minha vida: ele existe e anda aí! É possível! =)



Alalá da noite

"Eu non sabía que había
tanta alegría nas bágoas
nin neve nas bidueiras
nin esperanza nas mágoas.

Eu de noite iría de noite,
no medio do temporal.
Ir de día á luz do día
dáme medo, miña nai.
No fondo do teu ollare
unha gamela abanea.
Quen se poidera afogare
na ardora dunha misteira.
O que eu soño é verdade
como o silencio é un falare.
Se roubei o teu retrato
foi pra aprender a mirare."


terça-feira, setembro 13, 2011

Nina's House!


Podemos não ser perfeitos, não somos mesmo... mas somos felizes porque nos temos! =)

Começo este post com a mesma frase com que terminei o anterior... poderia ter esperado mais uma semana, se soubesse o que a semana traria e tinha escrito tudo no mesmo post... faria sentido! A demonstração de que não somos perfeitos, mas que somos um só na alegria, na dor, nas festas e nos momentos de sofrimento das nossas vidas!
Este fim de semana a minha Nina deixou-nos... Adoeceu de repente, segundo o veterinário era uma gastrite, depois de uns antibióticos ele queria voltar a vê-la na manhã seguinte, mas ela já não passou dessa noite...
Perdi a minha companheira, a minha confidente, a que partilhava comigo em silêncio os momentos mais íntimos dos meus dias...
Sinto-me só... não consigo estar muito tempo em casa... tenho evitado e todos os momentos em que possa sair para estar longe são válidos para escapar aos ruídos que ouço e não são da Nina, aos ruídos e ao latir que eu espero que ela faça quando o telefone toca, quando a campainha toca, ou ainda quando o vizinho chega a casa e ela ouve o barulho no prédio...
Como boa guardiã, era sempre a primeira a dar sinal de que alguém estava a aproximar-se da porta... e quantas vezes desejei que ela não o fizesse!? Quando eu chegava mais tarde a casa e o barulho ia acordar toda a gente era terrível! Ou quando na euforia de ver a dona em casa eu via mais um par de meias rompidas? Sem contar com os arranhões nas pernas que ela me fazia, perdi a conta aos pares de sapatos e sandálias que perdi quando ela era uma cachorrinha, não sei quantos vestidos e calças deixei de usar porque estavam cheios de pêlo da Nina, ou porque uma das suas unhas tinham ficado cravadas numa linha e puff!!
Ainda agora quando os miudos estiveram cá todos, achei piada ao Gabriel(que faz anos hoje!). O Gabriel é filho da minha mana Bela que vive em Londres, e a ideia que ele tem de Portugal é a mesma que a Luana, a irmã mais velha sempre teve: "Nina!"
Sempre que se aproximava aqui da rua da avó, ele soltava um suspiro cheio de alegria e ansiedade: "We're going to Nina's house..." e para ele esta não era a casa da avó e do avô, muito menos da tia... era a casa da Nina!

Confesso: já não me lembro de como era , não me lembro de como foi viver sem ela... vivo nesta casa há 16 anos e 11 deles foram com a Nina! Ainda fecho as portas todas quando saio de casa, porque o hábito diz-me que a fera vai destruir tudo por onde passar; Ainda saio de casa a pensar que tenho de ver se ela tem comida e água suficientes, ainda deixo a porta do quarto entreaberta durante a noite para que ela possa entrar e sair quando quiser... ainda tenho o tapete cor de rosa no mesmo sítio onde ela dormia e ressonava...!
Eu sofro, mas tenho uma Aldina cá em casa que ainda sofre mais! Enquanto eu passava algumas horas do dia com a Nina, ela sim passava quase todos os dias, muitas horas com a Nina! E se eu sinto que quase perdi uma irmã, ela sente que quase perdeu uma filha... E neste sofrimento claro que junto as minhas manas, o meu pai, a minha cunhada Joana e todos os meus sobrinhos... vamos todos sentir falta da fera!
Haja coragem cá pra casa... haja força e coragem! Vou ter muitas saudades da minha Nina que parecia um ratinho quando ia à tosquia... =)

E no fim de tudo temos sempre colo...
Se fosse bíblico, terminaria este parágrafo com uma bem aventurança:
Bem-aventuradas as pessoas que têm amigos como eu!
Todos os que me têm obrigado a sair de casa, todos os que têm partilhado o seu abraço comigo, todos os que me vêm consolar e esquecem os seus problemas, os que me levam a beber café ao lado de casa e de repente estamos no bairro alto a passear só porque sim... aos que me têm distraído com cinema, e com festas nas terriolas aqui perto, enfim: a todos os que carinhosamente demonstraram que somos um só! Todos os que me vieram recordar que não só a minha família não é perfeita, mas os meus amigos também não! E porque eu também não sou, somos felizes porque nos temos uns aos outros!
Este post já está enorme... e é melhor parar de escrever... e ir dormir!


Deixo-vos com Anouk... Sacrifice! À minha Nina que é para sempre... =)



Sacrifice - Anouk

"Who's the one that makes you happy
Who's the one that always makes you laugh
Who's the reason you're smiling
And dragged you through these times, so rough
I was the one that made you happy
I was the one that eased the pain
But I'm the reason that you're crying now
My own tears scattered by the rain
You can sacrifice me
You can sacrifice me
You can set me free
You can be who you wanna be
Deeper than deep you took me on a trip baby
You shared your wildest dreams and more
You dare me to express my feelings to you
I never felt that need before
But suddenly you needed freedom
You felt the need to break free
You started drowing in your sorrow
You didn't wanna know I had the key
You can sacrifice me
You can sacrifice me
You can set me free
You can be who you wanna to be
You can sacrifice me, sacrifice me
You can be who you wanna
You can be who you wanna be"

quarta-feira, setembro 07, 2011

Filhos da mãe... e do pai também!!!



Todos os dias me deparo com um dilema nesta sociedade que vive em stress, desculpa-se em tudo com a crise e quer é trabalhar e amealhar mais e mais dinheiro porque pensa numa reforma que não vai ter... (esquecem-se é que se esgotarem as energias que têm enquanto têm 30 anos, morrem aos 40 e nem metade do dinheiro que amealharam chegam a aproveitar...)
Enfim, vivemos atafulhados com uma série de pensamentos e problemas que sem querer transmitimos aos nossos filhos, aos nossos sobrinhos, a todas as crianças que nos rodeiam!
A maioria das vezes, perdemos tempo de qualidade com aqueles que amamos, porque estamos preocupados em ter o suficiente para os fazer felizes, esquecemo-nos que a nossa presença em momentos cruciais teria sido mais do que importante, atrevo-me ainda a dizer que teria sido o que teria bastado para tornar aquela hora mais feliz!
Porque não considerarmo-nos importantes na vida dos outros? Imprescindíveis?

Recordo-me de há uns anos, andar a trabalhar muitas horas seguidas e nem sequer dar por isso... e certo dia, tinha o meu Leonel uns 4 anos, chegou cá a casa com o mealheiro dele debaixo do braço e diz: "toma tia, é para não trabalhares tanto e poderes estar mais em casa.." e aquela frase ecoou de tal forma na minha cabeça que prometi a mim mesma que não ia ouvir o mesmo de outra pessoa...

Passei umas semanas fantásticas, em que pela primeira vez estive com os meus seis sobrinhos todos juntos... momentos a recordar e que quero voltar a repetir em breve! As manobras para os manter acordados, divertidos e felizes tornam-se ao final de dias cansativas, mas é ao ver o sorriso deles que me sinto reconfortada e muito abençoada! É o treino para os dez filhos... quem sabe!?
E no fim de tudo... dói! Mas é uma dor doce... ver as lágrimas de quem pede para ficar, de quem pede para que as férias na casa da avó Aldina nunca mais acabem... =)
E depois ainda houve o chamado "remember the time" em que vivia com mais três irmãs em casa, e partilhávamos o mesmo espaço, o mesmo sofá, a mesma mesa e ninguém se chateava... eu e as minhas pretas preferidas...
Foi deveras maravilhoso!



Para terminar, como não podia deixar de ser: "We are family!"
Podemos não ser perfeitos, não somos mesmo... mas somos felizes porque nos temos! =)