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terça-feira, novembro 02, 2010

I Just Haven't Met You Yet!!



Adoro o sentido de inacabado do "yet"!

Traduzido para bom português, o "ainda" que fica tão bem em qualquer frase...
Lembro-me da consulta de medicina de trabalho em que o médico perguntou:
- Tem filhos? - eu respondi um:
- Não... - levei logo com:
- A resposta certa é: Ainda não...
E quem sabe da minha vontade de um dia te-los aos pares, sabe que o meu sorriso iluminou logo a sala! Hehehehe...
O "ainda" muda qualquer frase. Quando estamos à procura de atingir algo, quando caminhamos em direcção a um sítio, quando queremos incessantemente cumprir com determinado objectivo, o ainda dá-nos sempre a esperança de que ainda temos tempo, de que ainda não envelhecemos o suficiente, que ainda não conhecemos tudo, que ainda estamos dentro da hora, que... dá-nos aquele ultimo impulso, aquela última gota de vontade para não desistir para não lançar tudo ao alto e ... faz-nos correr atrás!
Tontices... Tontices que se forem levadas a sério nunca me vão deixar começar algo e não terminar!
E porque há pessoas que compram bilhetes pra ir ver Michael Bublé a mais... e ficam à espera que eu diga que não... (não poderia nunca recusar...) confesso que emocionada, hei de ir ver o meu menino bonito. Afinal não foi preciso ir a Inglaterra...
O meu muito OBRIGADA!! (Ainda não é tarde para agradecer e continuar a agradecer...)

Deixo-vos com o tema do post, claro, como não podia deixar de ser... na esperança que eu e tu e todos nunca desistamos da vida, de ser feliz, de amar mais, de ser amado, de sorrir bastante! Porque ainda há muito "ainda" para percorrer... =)

Com todo o amor, um espirito de Halloween mascarado com mais um fantástico concerto SOUNK (Obrigado a todos!) seguido de uma grande viagem até Ferreira do Alentejo, mas que foi o rebuçado a meio do fim de semana! Dizia eu que precisava de um doce? E foi... e foram!! Os Alentejanos são mesmo fantásticos!! Adoro!! (O meu muito obrigado também!!)

Um beijo, e um queijo!
Rute







"I'm Not Surprised
Not Everything Lasts
Have Broken My Heart So Many Times,
I Stopped Keepin Track.
Talk Myself In
I Talk Myself Out
I Get All Worked Up
Then I Let Myself Down.

I Tried So Very Hard Not To Lose It
I Came Up With A Million Excuses
I Thought I Thought Of Every Possibility

And I Now Someday That It'll All Turn Out
You'll Make Me Work So We Can Work To Work It Out
And I Promise You Kid That I'll Give So Much More Than I Get
I Just Haven't Met You Yet

Mmmmm ....

I Might Have To Wait
I'll Never Give Up
I Guess It's Half Time
And The Other Half's Luck
Wherever You Are
Whenever It's Right
You Come Out Of Nowhere And Into My Life

And I Know That We Can Be So Amazing
And Baby Your Love Is Gonna Change Me
And Now I Can See Every Possibility

Hmmmmm ......

And Somehow I Know That Will All Turn Out
Michael Buble Haven't Met You Yet lyrics found on http://www.directlyrics.com/michael-buble-havent-met-you-yet-lyrics.html

And You'll Make Me Work So We Can Work To Work It Out
And I Promise You Kid I'll Give So Much More Than I Get
I Just Haven't Met You Yet

They Say All's Fair
And In Love And War
But I Won't Need To Fight It
We'll Get It By It ??
To Be United

And I Know That We Can Be So Amazing
And Being In Your Life Is Gonna Change Me
And Now I Can See Every Single Possibility

Hmmm .....

And Someday I Know It'll All Turn Out
And I'll Work To Work It Out
Promise You Kid I'll Give More Than I Get
Than I Get Than I Get han I Get

Oh You Know It Will All Turn Out
And You'll Make Me Work So We Can Work To Work It Out
And I Promise You Kid To Give So Much More Than I Get
Yeah I Just Haven't Met You Yet

I Just Haven't Met You Yet
Oh Promise You Kid
To Give So Much More Than I Get

I Said Love Love Love Love Love Love Love .....
I Just Haven't Met You Yet
Love Love Love .....
I Just Haven't Met You Yet"

quinta-feira, outubro 14, 2010

Tuaregs - Senhores do deserto...


Nesta Quinta-feira quase no fim da semana, constipadita e com alguma tosse (mas muito melhor que ontem.. lol) fiquei em casa.
Decidi: Vou limpar o meu email e ler tudo aquilo que deixei pra depois. Já sei no que vai dar porque certamente que vou abrir um power point, um vídeo, um texto qualquer que me vai impressionar e para não encher o mural do facebook com isto, vou ter de escrever... e escrever... e ... escrever!
Ainda não foi hoje que peguei no livro que tenho de acabar... ainda não vai ser este ano que o vou terminar e quem sabe publicar algum dos que já estão escritos. Hoje tocou-me a história deste Tuareg!
Por eu não gostar de relógios, por eu não gostar de andar pressionada pelo tempo nem por ninguém, por ainda ontem ter partilhado com um amigo que o importante é o que fazemos e somos hoje, porque o ontem já passou e o amanhã não sabemos se virá... por isto tudo e muito mais, deixo-vos esta entrevista de Víctor M. Amela a Moussa Ag Assarid!



" - Não sei minha idade.
Nasci no Deserto do Saara, sem documentos.
Nasci em um acampamento dos nômades tuaregs entre Timbuctu e Gao, ao norte de Mali.
Fui pastor de camelos, cabras, cordeiros e vacas de meu pai.
Hoje estudo gestão na Universidade de Montpellier.
Estou solteiro.
Defendo aos pastores tuaregs.
Sou muçulmano, sem fanatismo.
- Que turbante tão formoso!
- É uma fina tela de algodão: permite tapar o rosto no deserto, e continuar a ver e respirar através dele.
- É de um azul belíssimo…
- Nós, os tuaregs, somos chamados de homens azuis por isso: O tecido solta alguma tinta e nossa pele adquire tons azulados.
- Como conseguem esse tom de azul anil?
- Com uma planta chamada índigo, mesclada com outros pigmentos naturais. Para os tuaregs o azul é a côr do mundo.
- Por que?
- É a côr dominante: é a côr do céu, do tecto de nossa casa.
- Quem são os tuaregs?
- Tuareg significa “abandonados”, porque somos um velho povo nômade do deserto, solitários e orgulhosos: “Senhores do Deserto", é como nos chamam. Nossa etnia é a amasigh (bereber), e o nosso alfabeto, o tifinagh.
- Quantos são?
- Uns três milhões, e a maioria permanece nômade. Mas a população diminue. “É preciso que um povo desapareça, para que saibamos que ele existiu!” Apregoava um sábio. Eu luto para preservar esse povo.
- A que se dedicam?
- Pastoremos rebanhos de camelos, cabras, cordeiros, vacas e asnos num reino de imensidão e de silêncio.
- O deserto é realmente tão silencioso?
- Quando se está sozinho naquele silêncio, ouve-se o batimento do próprio coração. Não há lugar melhor para se estar sozinho.
- Quais recordações de sua infância vc conserva com maior nitidez?
- Desperto com a luz do sol e ali estão as cabras de meu pai. Elas nos dão leite e carne, nós a levamos onde há água e pasto… Assim fizeram meu bizavô, meu avô e meu pai… e eu. Não havia outra coisa no mundo além disso. E eu era muito feliz com isso.
- De facto! Não parece muito estimulante…
- Mas é muito! Aos sete anos já te deixam afastar-se do acampamento para que aprendas coisas importantes: farejar o ar, escutar, apurar a vista, orientar-se pelo sol e as estrelas… E a deixar-se levar pelo camelo, se vc se perder. Ele te levará onde há água.
- Saber isso é valioso, sem dúvida…
- Ali tudo é simples e profundo. Existem muito poucas coisas. E cada uma tem um enorme valor!
- Então esse mundo e aquele são muito diferentes, não?
- Ali cada pequena coisa te proporciona felicidade. Cada toque é valorizado. Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos e estarmos juntos. Ali ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um já o é!
- O que mais o chocou em sua primeira viagem à Europa?
- Ver as pessoas correndo pelo aeroporto. No deserto só se corre quando vem uma tempestade de areia. Me assustei. É claro!
- Eles apenas iam buscar suas malas…
- Sim! Era isso. Também vi cartazes de mulheres nuas. Me perguntei: porque essa falta de respeito para com a mulher?
Depois, no Íbis Hotel, vi a primeira torneira da minha vida, vi a água correndo e senti vontade de chorar…
- Que abundância! Que desperdício! Não?
- Todos os dias da minha vida consistiam-se em procurar água. Quando vejo as fontes ornamentais aquí e acolá, continuo sentindo por dentro uma dor tão intensa…
- Tanto assim?
- Sim! No começo dos anos 90 houve uma grande seca. Morreramos animais e nós adoecemos. Eu tinha uns 12 anos e minha mãe morreu. Ela era tudo para mim!
Me contava histórias e ensinou-me a contá-las muito bem.
Ela me ensinou a ser eu mesmo.
- O que sucedeu com sua família?
- Convenci meu pai que me deixasse ir à escola. Quase todos os dias
caminhava 15km. Até que um dia o professor me arranjou um lugar para
dormir e uma senhora me dava o que comer, quando eu passava em frente à sua casa. Entendi que essa ajuda vinha de minha mãe.
- De onde surgiu esse desejo de estudar?
- Uns dois anos antes, havia passado pelo nosso acampamento o rally Paris-Dakar, e uma jornalista deixou cair um livro de sua Mochila. Eu o apanhei e lhe entreguei. Ela me deu o mesmo de presente. Era um exemplar do Pequeno Príncipe e eu me prometi que um dia conseguiria lê-lo.
- E conseguiu?
- Sim! Foi assim que consegui uma bolsa de estudos na França.
- Um Tuareg na universidade!

- Ah, o que mais sinto falta aqui é o leite de camela... E o calor da fogueira, e de andar com os pés descalços na areia quente. Lá nós olhamos as estrelas todas as noites e cada estrela é diferente das outras como cada cabra é diferente.Aqui, à noite, você olha para TV.
- Sim! E o que vc acha pior aqui?
- Vocês tem tudo, mas não acham suficiente. Vocês se queixam. Na França passam a vida reclamando! Aprisionam-se pelo resto da vida à uma dívida bancária, num desejo de possuir tudo rapidamente ... No deserto não há congestionamentos e você sabe por quê? Porque lá ninguém quer ultrapassar ninguém!
- Conte-me um momento de extrema felicidade no seu deserto distante.
- Todo dia, duas horas antes do pôr do sol: a temperatura abaixa, mas ainda não chegou o frio, e os homens e os animais, lentamente voltam para o acampamento e seus perfis são recortados em um céu cor de rosa, azul, vermelho, amarelo, verde...
- Fascinante, na verdade...

- É um momento mágico ... Entramos todos na cabana e colocamos o chá para ferver. Sentamo-nos em silêncio, a ouvir a ebulição ...
A calma invade todos nós, e o nosso coração bate ao ritmo do barulho da fervura...
- Que paz!
- Aquí vocês tem relógio… … lá temos tempo.
VOCÊ TEM O RELÓGIO, EU TENHO O TEMPO!
NA NOSSA VIDA O TEMPO NÃO DEVE SER APENAS O MARCADO NO RELÓGIO.
QUANTAS VEZES NOS NOSSOS DIAS NOS FALTA “O TEMPO”?

O tempo é como um rio. Você não pode tocar a mesma água duas vezes, porque a água que passou, não passará de novo.
Aproveite cada momento da vida...
ENCONTRE TEMPO PARA VIVER!!
Se você vive dizendo como você está ocupado, então você nunca estará livre.
Se você vive dizendo que você não tem tempo, então você nunca terá tempo.
Se você vive dizendo o que vai fazer amanhã, esse amanhã nunca chegará.
Aproveite cada momento da vida ... Se você não usar o seu tempo durante o dia, você é o perdedor. É impossível voltar atrás.

Valorize cada momento vivido, e esse tesouro terá muito mais valor se você compartilhá-lo com alguém especial, especial o suficiente para você gastar com ele o seu tempo... e lembre-se que o tempo não espera por ninguém!"


sábado, outubro 09, 2010

A primeira vez... a minha e a dele!



Durante anos e anos ouvi falar sobre isto e até pensei: Bah, vai ser mais uma das coisas que nunca vou experimentar.... e encolhia os ombros e continuava: What a hell!

Mas surgiu a oportunidade, esperei pelo melhor momento. Tinha de ser num dia especial. Escolhi o melhor do grupo, aquele que parecia mais maduro, (porque houve quem me dissesse que os outros podem fazer inchar os lábios e não é agradável)...

Hoje estava um dia particularmente muito mau, muito chuvoso, a vontade de sair de casa não era muita, mas... tinha de ser! Então decidi que hoje iria ser um dia especial! Depois de uma 5ª feira horrivel, esta sexta feira tinha de ser diferente.
Preparei-o, e saí com ele de casa. Rumo ao meu destino, agasalhei-me e saí através da chuva, com o meu guarda-chuva multicolor, made in Vodafone. Fintando os pingos, ajeitando a mala, tapando as orelhas do frio, admirei-o a cada passo que dei e imaginava como seria o sabor, a textura... Como seria o primeiro contacto com a minha língua. O odor já eu sabia, mas imaginei que o mix de todos os sentimentos pudessem estar centrados naquele único ser vivo...

Parei por momentos, observei os carros que passavam, observei-o mais uma vez e com a certeza de que aquele seria um grande momento a recordar, dei a minha primeira dentada num diospiro! Por momentos não houve mais nada ali: só eu e o diospiro!
E foi bom... muito bom!


Fora todos os pensamentos pecaminosos que sei que os parágrafos anteriores provocaram em alguns, foi curioso perceber que aos 25 anos ainda tenho muita coisa para experimentar. É giro jogar aos "países" com as minhas manas e nos frutos começados por D colocar Diospiro... mas é muito melhor saber do que estamos a falar, conhecer o cheiro e o sabor do que estamos a provar...
Incrível não é?? Experimenta provar um fruto ou uma comida que já tenhas ouvido falar muitas vezes e que nunca tenhas tido a oportunidade de experimentar!
Querem saber? Gostei muito... diospiros, recomendam-se!
E foi assim a minha primeira vez... a minha e a do diospiro que eu comi!
Lá fora ainda chove o que é bom pra regar alguns e outros...
Deixa chover... depois do Verão, tinha de ser... =)
Enjoy... com diospiros!

Rute Lopes

P.S: Obrigado Semeão e Ana, pela cesta de diospiros... =)