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quarta-feira, junho 02, 2010

Quis saber quem sou...



Ando realmente a querer saber quem sou, o que faço aqui, quem me abandonou, e de quem me esqueci...
Ando a fazer coisas que nunca tinha pensado, decisões que já deveria ter tomado há tanto tempo... no entanto, continuo sem saber muita coisa. Porque continuo simultaneamente a fazer o que não quero, estar com quem não me apetece, porque sim... porque deve ser reciproco...
Como dizia alguém: reciproco uma pinóia! Porque na altura de te devolver só recebes o sentimento de quem esta muito ocupado a pensar na felicidade momentânea que vive agora, e a reciprocidade que esperas, essa só voltará quando o momento terminar, quando a ilusão de que não precisamos dos outros terminar... e aí sim, voltarás a ser bestial!
Talvez seja mesmo isto... e tenho de aprender que tal como a selecção nacional, (palavras do Scolari há uns anos) eu própria posso acordar num dia e passar de bestial a besta... e se isso vai interessar? Talvez...
O que sei é que cada vez interessa menos...! Depois dos objetivos de 2010, em que muita gente me acusou de estar a ser demasiado radical, tenho a dizer que talvez devesse ser ainda mais radical... porque ainda não chega, porque não deixo de ser pisada e de me sentir saturada... nenhum copo enche enternamente sem jorrar e sem transbordar para fora. O meu enche e "quando não cabe no peito, transborda pelos olhos"... e chorei...! Chorei porque odeio não conseguir suportar a mesma dor duas vezes causada pelas mesmas pessoas. Não vou esperar que aconteça uma terceira vez...
"Fine della barzelletta!"

Deixo-vos com o Paulo... e mais um tema fantástico que faz parte da minha vida e neste momento mais que nunca... que possamos todos responder a estas questões ao longo da nossa vida, para um dia podermos dizer que sim... conseguimos chegar lá porque aproveitámos as pedras que nos atiravam e fizemos dela a muralha que nos protegeu... frase cliché, mas gosto!

"Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.
Tu viste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi.
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós..."


1 comentário:

Zélia Silva disse...

As frases que aqui deixas são frases muito sábias Rute, mas a vida é mesmo assim: descobertas, muralhas e novamente descobertas, tristezas e alegrias, é assim!!!beijinho